29 janeiro, 2011

Viagens com pets

A temporada de férias e de viagens chegou e os proprietários que pretendem ter a companhia de seus animais de estimação durante os passeios precisam estar atentos a alguns cuidados especiais. Informação e planejamento são fundamentais para manter a saúde e o bem-estar dos animais no período


Os animais só devem viajar em caso de necessidade. Normalmente o mais comum é que cães e gatos acompanhem os proprietários nas pequenas viagens de final de semana ou férias.

Já os outros animais, como peixes, aves, roedores e tartarugas somente devem ser transportados em caso de mudanças ou viagens definitivas.

Essas espécies se estressam muito durante o transporte devido às mudanças e oscilações de temperatura e mesmo devido ao manejo e movimentação anormal. Também não é recomendado transportar fêmeas prenhes e animais idosos, principalmente aqueles com diagnóstico de alguma doença cárdio-respiratória ou neurológica.

Os cães e gatos estão dispensados da exigência da GTA – Guia de Trânsito Animal, documento que é emitido somente por veterinários credenciados no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Hoje para viajar com um pet em território nacional tanto por via área quanto rodoviária, basta que o proprietário possua a carteira de vacinação atualizada, com destaque para a imunização antirrábica e um atestado de sanitário, emitido por um médico veterinário que esteja credenciado no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), do Estado de origem do animal. Este documento garante que o cão ou gato está livre de doenças contagiosas e que pode, portanto, circular. O ideal é que o proprietário programe com antecedência uma visita ao médico veterinário de sua confiança que vai checar o estado de saúde geral do animal e emitir o documento.

O atestado tem validade de 10 dias e se a viagem for durar mais tempo é preciso que o proprietário vá a um médico veterinário no local da viagem para obter um novo o documento para retornar. A GTA ainda é exigida no transporte de todos os outros animais. O Pet Care possui registro e está apto a emitir tanto o atestado de saúde quando a GTA. Além da imunização completa o hospital também oferece a colocação de micro-chips e pode orientar os clientes sobre a necessidade e os cuidados com a sedação dos animais. Para animais que pretendem ingressar na Comunidade Europeia a dosagem de anticorpos antirrábica é obrigatória. Nesse caso a coleta pode ser feita no hospital e o envio do material segue para o instituto Pasteur.

A maneira correta de transportar os cães e gatos depende do meio de locomoção:


No ar

Os cães e gatos estão liberados para viagens aéreas, mas é preciso agendar previamente o embarque com o bicho, pois cada companhia tem dias pré-definidos para decolar com animais e existe um número limite de pets por vôo. Para poderem ir na cabine de passageiros junto com seus donos os pets devem pesar no máximo 15 kg e estar em malas ou caixas próprias para a viagem.  A partir desse peso o animal precisa ser levado no compartimento de bagagens. As companhias aéreas determinam o tamanho da caixa de transporte de acordo com o peso e tamanho do animal.

Antes de embarcar são necessários cuidados como: jejum alimentar de no mínimo três horas; deixar o animal urinar e defecar antes de colocá-lo na caixa de transporte; se o animal estiver acostumado colocar uma roupa para aquecê-lo devido ao frio do compartimento de carga. O uso de sedativo pode ser uma exigência da companhia, e deve ser avaliado pelo médico veterinário responsável pelo animal. O animal deve portar uma coleira com identificação, assim como a identificação da caixa de transporte.

Se a viagem for muito longa é preciso assegurar ainda a oferta de água ao animal durante o trajeto.  


No ônibus ou no carro

Em ônibus o transporte é bastante limitado sendo permitido somente animais de pequeno porte, desde que estejam em recipiente adequado e sempre acompanhados do proprietário, como bagagem de mão. Vale a pena checar as regras da empresa com antecedência antes da viagem. Durante as paradas aproveite para levar o animal para urinar e defecar.

Se o meio de transporte escolhido for o carro, a primeira regra é nunca levar os animais soltos dentro do veículo. Eles devem estar dentro de caixas de transporte ou presos com cinto de segurança especiais para animais. Para cães muito grandes é recomendado o uso de reboques especiais. Em todos os casos os animais devem ser acondicionados com conforto e segurança.

A maioria dos animais enjoa durante a viagem e por conta disso não devem ser alimentados pelo menos três horas antes da partida. A oferta de água deve ser constante, mas o volume oferecido deve ser controlado para diminuir a produção de urina e possíveis vômitos. É importante ainda tomar ainda alguns cuidados especiais com a temperatura ambiente. Deve-se dar preferência às horas mais frescas do dia, ou viajar durante a noite. Se possível o uso do ar condicionado deve ser constante em todo o trajeto.

Os cães não transpiram como o homem, sendo a respiração a única forma de controlar o processo de refrigeração e manutenção da temperatura corpórea ideal. Quando submetidos a calor ambiental intenso ou situações de estresse podem não ter condições de perder calor e entrar no processo que chamamos de hipertermia ou Heat Stroke que pode levar à morte na maioria dos casos.

Os cães braquicéfalos (de focinho curto) como os bulldogs, pugs, boxers, shitsu, lhasa apso, boston, entre outros, sofrem mais com isso devido à anatômica dificuldade de respirar e perder calor.

27 janeiro, 2011

Labrador é o cão mais popular nos EUA pelo 20º ano consecutivo

 
 
O labrador retriever foi eleito o melhor cão nos Estados Unidos pelo 20º ano consecutivo nesta quarta-feira pela American Kennel Club (AKC), seguido do pastor alemão e o yorkshire em terceiro lugar.

O beagle, uma raça de origem europeia que durante séculos foi considerada a preferida pela monarquia britânica, aparece em quarto no ranking, e o golden retriever, em quinto, segundo o site da associação. Entre as surpresas deste ano está o bulldog, que subiu para sexto lugar, o mais alto em um século.

O boxer, o dachshund (raça popularmente conhecida como "salsichinha"), o poodle e o pequenino shih-tzu, originário da China, completam os dez primeiros postos da lista.

A classificação se baseia no número de inscrições para cada uma das raças na AKC.

A organização destacou em comunicado que os americanos preferem cada vez mais cachorros de porte grande, como o dinamarquês, que subiu de 28º para 17º lugar, e o mastiff, usado ao longo da história como cão de guarda e que está agora em 28º, 11 posições à frente que na lista anterior.


fonte: Yahoo

27 dezembro, 2010

Pet Resort Bicho Bacana

Saia de férias sem preocupações. Muito conforto e carinho para seu melhor amigo!

Pet Resort Bicho Bacana

Muita sombra e contato com a natureza

canis individuais
 
 amplo passeador de saibro




boxes azulejados


bebedouros com água corrente


Não é Hotel, é Resort
Seu amigo vai adorar!






24 setembro, 2010

Consciência Ecológica e Responsabilidade Social

Uma das obrigações ao se ter um cão é a limpeza de seus dejetos na via pública, porém boa parte da população ainda não possui esse costume.
A Bicho Bacana, no intuito de colaborar com a manutenção da limpreza e higiene dos espaços públicos está disponibilizando no calçadão de Ipanema, em frente ao bar Radical e na cancha de esportes do Guarujá  despensadores com saquinhos 100% reciclados para o recolhimento dos dejetos de animais, proporcionando, assim, benefícios para a população e o meio ambiente. 


A iniciativa da Bicho Bacana visa incentivar esse hábito saudável. Queremos, com isso, envolver a população numa ação de limpeza urbana, referente aos dejetos de animais. Nossa campanha busca, acima de tudo, educar, sensibilizar e promover alterações de comportamento que em última análise serão benéficas para toda a coletividade, incentivando e colaborando na busca de soluções dos problemas ambientais, tornando pública, dessa forma, a preocupação da empresa com o meio ambiente.
São utilizados sacos 100% reciclados, evitando o uso de sacolas plásticas convencionais.

19 agosto, 2010

Adestramento

A Bicho Bacana disponibiliza o serviço de adestramento, ministrado por profissional experiente

Por que adestrar? Porque o adestramento é muito útil, inclusive para quem quer apenas um companheirão! O adestramento é excelente para o entrosamento do cão com o dono: quanto mais o cão aprende, mais prazeroso se torna o relacionamento e convivência com ele. Afinal, é muito melhor passear com um cão que não fique puxando a guia, que saiba que deve sentar e esperar ao lado de seu dono para atravessar a rua, além de tantas outras situações em que um cão treinado faz toda a diferença. São múltiplas as utilidades do adestramento, e esse aprendizado deve ser usado no dia-a-dia, dentro de casa ou na rua. Um cão adestrado é tranqüilidade e orgulho para o dono, além de significar segurança para ambos.

Cães entendem tudo aquilo o que é claro para eles, especialmente vindo de linguagem corporal: eles agem assim e entendem dessa forma. Por isso fazemos o adestramento, para suprir a nossa necessidade de nos comunicar por voz, ensinando aos cães o que significa cada palavra e premiando os acertos ou punindo os erros sempre com auxílio da linguagem corporal (expressão facial, postura corporal, gestos, etc.). Devemos sempre lembrar que na comunicação com nossos amados cães, o não deve ser sempre não, jamais estando acompanhado de qualquer agrado e o sim deve ser sempre sim, estando positivamente reforçado para melhor entendimento, ficando claro o que queremos e permitindo aos nossos cães que nos retornem da forma que gostaríamos.

Não existe talvez para os cães, é sim ou não. O que o adestramento nos permite e está nisso uma das suas grandes vantagens e utilidades, é ensinar comandos específicos para assim não gerar conflito no entendimento. Como a questão de pular em você: sem qualquer comando, o cão entende que pode ou não pode pular e pronto, não vai entender "agora pode" ou "hoje não"! Se pode pular um dia, vai querer pular sempre! O adestramento nos permite ensinar os cães a pular somente quando permitimos, através de comando específico com gestos ou fala, como "pula" ou "vem no colo". Tudo é simples, fácil e eficaz quando sabemos como lidar com os cães, os complicados somos nós humanos!!!

Entre em contato conosco e saiba mais. O adestramento proporcionará um melhor entrosamento entre você e seu cãozinho.
 
Deve-se começar a educação quando o cão ainda for filhote, por volta dos 2 meses de idade. Nesta fase não existe a primeira ou a segunda lição, mas a educação deve acontecer no dia a dia e ser constante.




O certo e o Errado
O filhote é como uma criança, é preciso ensinar o que é certo e o que é errado desde pequeno, senão ele cresce mal educado. É muito importante repreender na hora certa mas, também é muito importante alogiá-lo quando agir corretamente. Esta atitude reforça o bom comportamento.
Quando for elogiar mostre ao cão, seja ele filhote ou adulto, a sua satisfação, usando sempre palavras com entusiasmo e, ao mesmo tempo, acaricie-o. O contato físico e as palavras são muito importantes e devem ser usados imediatamente após o feito. Agora, se você precisar repreendê-lo, mostre isto imediatamente após o feito e demonstre que não gostou. Não bata ou esfregue o seu focinho nas fezes ou na urina, olhe apenas em seus olhos e diga um NÃO em tom bem enérgico. Não é preciso gritar apenas mostre a ele que é você quem manda.

Dormindo no local correto
Inicie já no primeiro dia treinamento de bons hábitos, colocando-o em sua cama, para que tire as suas sonecas durante o dia. Os filhotes cansam-se rapidamente e precisam descansar e dormir. Desta forma ele se acostumará com sua nova cama, permitindo uma noite tranqüila para todos.
Não dê nada ao filhote durante a noite. Quando você for deitar, leve o filhote para o quintal, para que ele tenha uma última oportunidade de satisfazer as suas necessidades, dando-lhe tempo para que evacue. Caso você more em apartamento, escolha um local, que ficará fixo, para ele fazer as necessidades e forre com jornal. (falaremos sobre as necessidades mais para frente).
A regra mais difícil e a mais importante para o novo proprietário é: sempre leve o filhote para fora, não o ponha para fora. Os poucos minutos que você gastar nesta atividade, serão recompensados por um treinamento rápido de seu cão, que logo saberá como deve comportar-se dentro de casa.
 
A Primeira Noite
Quando você for comprar um filhote procure levar algum objeto que tenha o cheiro da mão, um pano velho, ou até o jornal em que ela estiver deitada. Na primeira noite em sua nova cama, o filhote poderá sentir-se sozinho e ganir, ou até uivar. É neste momento, que as roupas velhas, colocadas na caixa, serão úteis, ou um relógio de mecanismo ruidoso colocado próximo à caixa, um brinquedo favorito, um rádio tocando baixinho no mesmo ambiente, ou até uma lâmpada de baixa intensidade. O importante é não ceder, tirando o filhote de sua caixa. Você pode conversar com ele, consolando-o ou até recriminá-lo, mas é preciso muita firmeza neste primeiro confronto de vontades, que irá ocorrer na primeira noite, ou nas noites subseqüentes. Mantenha-se enérgico, mas carinhoso, e logo a natureza prevalecerá, fazendo com que o cãozinho adormeça profundamente. Acreditamos que na segunda noite, ele já perceberá que está em sua cama e que aquele lar também é seu.

Fazendo as necessidades no lugar correto
Os filhotes fazem as necessidades em intervalos de poucas horas após comer, beber, acordar ou brincar. Treine seu cachorro a usar um jornal dentro de casa, antes de passar para fora, se você morar em casa. Todo cão é limpo por natureza e costuma fazer as necessidades longe do local onde dorme. Antes de iniciar o treinamento escolha o local onde será o banheiro oficial do cão. Quando escolher o local leve em conta a facilidade de limpeza (perto de ralos) e a facilidade de acesso. Após escolhido o local, forre-o com jornal (o jornal é ideal porque é muito absorvente). Molhe uma das folhas em sua urina e coloque por cima de todas. O cheiro da própria urina irá incentivá-lo a fazer naquele local. Se puder guarde sempre um dos jornais sujos para mostrar ao filhote o próprio odor e encorajá-lo a utilizar aquele ponto novamente.

Leve-o sempre até o jornal após terminar as refeições. Normalmente, percebe-se quando ele quer fazer as necessidades, ele fica inquieto e começa a andar em círculos e a cheirar o chão. É nesta hora que você deve agir, levando-o imediatamente ao banheiro. Sempre elogie seu filhote depois de terminar.





É comum acontecer acidentes no começo, portanto nunca castigue-o por fazer sujeira dentro de casa ou fora do seu banheiro, isto somente o deixará ansioso. Limpe o local, desodorize (use cloro ou vinagre) para eliminar o cheiro e, após a refeição seguinte, leve-o novamente ao banheiro. Siga esta rotina até ele usar sozinho o seu banheiro. Quando isto acontecer diminua a área forrada chegado ao limite de apenas uma folha de jornal aberta.
Este aprendizado leva em média de 3 a 8 semanas e, é uma faze muito importante para você não ter transtornos mais tarde.

29 maio, 2010

Torção Gástrica

A torção gástrica é uma patologia muito comum em cães de grande porte (Boxer, Rottweiler, Dog Alemão, Fila brasileiro, entre outros.) por possuirem o tórax profundo e o espaço da cavidade abdominal maior, fazendo com que o estômago fique mais livre e com maior probabilidade de torcer.É uma doença rara em cães de pequeno porte e gatos.
 
Essa patologia tem caráter agudo (aparece de repente) e deve ser tratada como uma emergência cirúrgica. 65% a 70% dos animais acometidos vêm a óbito.
Quando um cão é alimentado somente uma vez ao dia,ele ingere uma grande quantidade de ração, juntamente com ar, pois come depressa. Como a ração é salgada o animal ingere também grande quantidade de água após comê-la. 

Quando chega ao estômago a ração incha (pela presença da água que o animal bebeu) causando um aumento de volume do estômago, que aumenta ainda mais, com a digestão, pela produção de gases.

Os movimentos do animal (pode ser qualquer movimento, não precisa ser um exercício pesado) faz com que o estômago dilatado e pesado se movimente dentro da cavidade abdominal e torça. Essa torção obstrui o cardia e o piloro, impedindo que o animal vomite e elimine gases, fazendo com que o estômago se dilate cada vez mais. Ocorre também a obstrução de veias do abdomen (veia cava caudal), fazendo com que os órgãos que estão dispostos posteriormente ao estômago (baço e fígado) fiquem congestos (o sangue chega ao órgão pela artéria aorta e não consegue sair ). Consequentemente, o coração recebe menor fluxo sanguíneo o que compromete todo o organismo do animal (falta sangue para os órgãos), fazendo ele entrar em choque e morrer.
O cão com torção inicialmente fica inquieto (na hora que torce ), depois se acalma e passa a apresentar distenção abdominal, dor, diminuição da respiração e ânsia de vômito (mas não consegue vomitar ).
Para evitar essa patologia os cães de grande porte devem ter a sua alimentação dividida em, pelo menos, duas porções diárias, e nunca devem realizar exercícios após a refeição. Se uma torção ocorrer o cão deve ser levado imediatamente ao veterinário.

Anatomia e disposição do estômago canino


Desenho ilustrativo do estômago de um cão, com duas regiões importantes: CARDIA (é a entrada do estômago; região que se liga ao esôfago) e PILORO (saída do estômago; região que se liga ao duodeno - intestino)

-----------------------------------------------------------------------------


Figura que ilustra a disposição do estômago e outros órgãos no cão.

Doenças dermatológicas em filhotes de cães e gatos

Sarna negra (demodicidose)
Um distúrbio imunológico celular incapacita, no filhote, o controle da população de ácaros, os quais são sempre herdados da mãe ou, segundo alguns estudos, também do pai. Os mais acometidos são os cães (ácaros Demodex Canis e Demodex Injai), principalmente os de pelo curto (67% - Delaye, E. H. 2002) e das raças  American Pit Bull Terrier, Boxer, Bull Dog, Bull Terrier e Shar Pei. Nos gatos, a transmissão é semelhante, mas pode ocorrer também entre filhotes (ácaro Demodex Cati) e entre adultos (Demodex Gatoi). Nenhum desses ácaros passa para o Homem. 



Alguns sintomas da demodicidose são falhas no pelame, queda excessiva de pelos, pigmentação excessiva, hipertrofia da camada epidérmica, descamação, crostas e úlceras. Coceira só ocorre em casos de infecção secundária, bastante comum tanto em cães como em gatos. O diagnóstico é confirmado por exame parasitológico de raspado cutâneo. 

O mal não tem cura, mas é controlado com medicação oral e banhos. As infecções secundárias são combatidas com antibióticos. Depois de três exames de raspados negativos, o animal recebe alta. Castram-se os portadores para evitar transmissão.

Escabiose 
Conhecida também como sarna sarcóptica nos cães e sarna notoédrica nos gatos, é transmitida de animal para animal e de animal para o Homem. Os ácaros (Sarcoptes Scabiei, nos cães e Notoedris Catis, nos gatos) perfuram galerias sob a camada superior da pele, causando coceira intensa, escoriações, hiperpigmentação, vermelhidão e falha nos pelos. Nos cães esses sinais podem acontecer no pavilhão auricular, na articulação do cotovelo ou no corpo inteiro. E, nos gatos, no pavilhão auricular, na cabeça ou na região periodontal. 

Deve ser tratado o animal que teve contato com o animal portador. O humano que teve contato com o animal afetado, caso apareça nele lesão ou coceira, dever procurar um médico. Usam-se medicamentos tópicos, orais e injetáveis, em geral com bom resultado. A escabiose acomete principalmente animais de pelagem curta e hábitos errantes. Depois de curado, o animal deixa de ser portador - só não desenvolve resistência. 

Micose 

Considerada uma zoonose, a dermatofitose talvez seja a micose mais diagnosticada em cães e gatos filhotes e adultos, mas é também a campeã em erros de diagnóstico. De 4.756 amostras de cães suspeitos, apenas 8% eram positivas em dermatofitose (Wright, 1989). E, de 8.349 cães e gatos suspeitos, somente 16% portavam o mal (Sparks, ET AL). 

A transmissão do fungo causador (geralmente o Microsporum canis, o M. gypseum, o Trychophyton mentagrophytes ou o T. rubrum) Ocorre por contato direto ou indireto. Alguns sinais clínicos são queda de pelos, aparecimento de lesões com aparência suja e formação de crostas e escamas, localizadas ou generalizadas. A micose pode ser superficial (dermatofitose e malasseziose) ou profunda (esporotricose e criptococose) e não causa coceira. 



O diagnóstico é feito por exame clínico com lâmpada de Wood (luz específica para o diagnóstico) e, principalmente, por cultivo micológico. No tratamento, que é demorado, usa-se medicação tópica e sistêmica (que age em todo o organismo). As raças mais sujeitas são o Persa e o Yorkshire. 

Prefira sempre um profissional especializado 

Quando houver alteração na pele do filhote, não deixe para depois: opte por um médico veterinário com experiência em dermatologia veterinária. 

26 maio, 2010

Para nós, o banho faz parte da saúde do seu animal


Diferenciais do nosso Banho e Tosa

- Canis de espera individuais
- Temperatura da água controlada
- Higienização bucal 
- Shampoos específicos para tratamento de cor, proporcionando melhora gradativa na cor da pelagem
- Banhos terapêuticos, carrapaticidas e pulicidas
- Banho hidratante, que deixa o pelo mais macio e brilhante, ajudando a diminuir a formação de nós.
- Tratamento Ortomolecular de Chocolate, evitando o ressecamento dos pelos e pele, obtendo-se, assim, uma perfeita harmonia física e restauração celular
- Toalhas 100% esterilizadas por processo de uso individual

23 abril, 2010

SP sedia Pet Fashion Week

Evento de moda canina chega ao Brasil pela primeira vez.

Competição faz parte da Pet Fashion Week.
 
Oito profissionais do país, chamados esteticistas de cães, foram selecionados para participar do concurso, marcado em um hotel na Zona Sul da capital. As etapas são no sábado (24) e no domingo (25). Os tosadores têm quatro horas para convencer os jurados. Ganha quem somar mais pontos e o primeiro prêmio é uma tesoura de tosa profissional avaliada em US$ 5 mil.
 
Um deles é Sérgio Murilo Villassanti, de 45 anos. De acordo com ele, o regulamento da prova tentou seguir à risca o modelo usado em Nova York e Tóquio. Os competidores não poderão usar cores ou acessórios nos cães. “É um concurso de criatividade”, afirmou Villassanti, que terá ao seu lado uma jurada americana.
 
“Vamos avaliar a performance, a qualidade do serviço, a criatividade sem o uso de pinturas e outros artifícios, a leveza e a limpeza”, enumera Villassanti, que também é esteticista animal e já participou do mesmo concurso em 2008 nos Estados Unidos.
 
Toques medievais 
Para o tosador William Galharde, de 25 anos, o frio na barriga antes da competição é inevitável. Ele foi um dos selecionados e conta que vem treinando o que pretende fazer nos cães das clientes. “Estou pensando em um desenho com tendências medievais e abstratas. Se fizer coisas básicas, não terei um resultado diferente”, aposta o rapaz, em entrevista na terça (20).
 
Além disso, Galharde aponta uma qualidade que acredita ser crucial para vencer. “Sou muito delicado para trabalhar com bicho. A sincronia ajuda”. Para isso, está há duas semanas com Speedy, um poodle gigante branco emprestado de uma amiga. Ele será o modelo do esteticista na Pet Fashion Week. “É para ele se acostumar comigo”. De acordo com Galharde, por serem dóceis, os cães dessa raça são ideais para o concurso.
 
Vindo de Curitiba, Letícia Ronska Vogt, de 38 anos, também é uma entre os oito concorrentes. Segundo ela, a falta de sono indica a tensão na véspera da competição. “Estou treinando, mas o que me deixa preocupada é se vou me portar bem. Não posso estar com um chiclete na boca”, conta ela, por telefone, sobre os olhares atentos dos jurados.
 
Para impressionar, Letícia diz que optou por um desenho mais “exótico”, em diagonal. “Não vou fazer pompom”, adianta. Sobre os outros tosadores, ela comenta: “são muito bons, mas só tenho medinho de um”. Quando se trata do júri, o temor é maior. “O juiz passa o pente no cachorro e não pode ter uma ponta. É o maior desafio”.
 
Desfiles e negócios
 
A Pet Fashion Week não é só um encontro de moda para os cães e seus donos. Lá, é possível fechar negócios. De acordo com a assessoria de imprensa do evento, haverá uma área exclusiva para 40 expositores nacionais e internacionais (Trade Show) que irão apresentar as novidades em roupas, acessórios e produtos para animais.
Já os desfiles ocorrem somente no sábado. Na passarela, cachorrinhos vestindo peças de seis grifes brasileiras e outras três do exterior. Cada uma deve mostrar entre 5 a 8 ‘looks’ inspirados no estilo de bairros nova iorquinos.
Cãominhada

No domingo (25), a cidade dedica mais um evento aos cães. É a Cãominhada Paulistana 2010, em que donos poderão passear com seus bichinhos de estimação por 1 km. A saída está prevista para as 9h, na Avenida Escola Politécnica, em frente ao Portão 2 da Universidade de São Paulo (USP), na Zona Oeste. O evento deve terminar às 13h. Durante a Cãominhada, ONGs falarão sobre posse responsável, haverá atendimento veterinário gratuito e demonstração de cães adestrados.
 
Serviço:
Pet Fashion Week
Dias 24 e 25 de abril, das 10h às 20h
Endereço: Sheraton São Paulo WTC Hotel
Avenida das Nações Unidas, 12559 – Brooklin
Entrada: R$ 35 (permitida entrada de animais)
Para profissionais do ramo, o acesso é de graça, com a apresentação de cadastro do CNPJ no site do governo de SP

14 abril, 2010

SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA EM QUE VOCÊ DEVE PROCURAR UM VETERINÁRIO

1 - SANGRAMENTO: presença de sangue nas fezes, urina ou em qualquer parte do corpo.

2 - CONVULSÕES: tremores violentos da cabeça ou membros; atordoamento, perda de consciência.

3 - MUDANÇAS DE HÁBITOS: alimentares (aumento ou diminuição acentuada de ingestão de líquido e alimentos), higiênicos ou comportamentais.

4 - PERDA OU GANHO DE PESO: mudanças dramáticas de peso (em curtos ou longos períodos).

5 - ALTERAÇÕES NA URINA: dificuldade de micção, presença de sangue na urina, aumento exagerado do volume da urina ou frequência de micção.

6 - ALTERAÇÕES NAS FEZES: dificuldades de defecação, presença de sangue ou vermes nas fezes, aumento exagerado do volume de fezes, ausência de defecação, diarréias.

7 - VÔMITOS: episódio múltiplos em curto período ou contínuos em um longo período: presença de sangue, fezes ou vermes no vômito.

8 - TOSSE: acessos constantes podem ser sinais de patologia.

9 - ANORMALIDADES NOS OLHOS: inflamação, irritação, corrimento ocular, opacidade, dificuldades em enxergar.

10 - INCHAÇOS OU TUMORES: em particular os de rápido crescimento e sangramento.

11 - PRURIDO ACENTUADO: animal se coça ou morde frequentemente qualquer parte do corpo; queda de pelo; balanço constante da cabeça.

12 - FEBRE: nariz seco e quente, apatia, animal com temperatura acima do normal.

13 - DOR: ganidos, choro ao ser manipulado; animal evita se locomover.

Em suma, qualquer anormalidade pode ser um sinal que seu animal está adoecendo. Não espere muito antes de falar com seu Médico Veterinário. Tratamentos precoces podem reduzir a severidade das doenças e salvar a vida do seu animal.

O Dr. Luiz Carlos Azambuja, CRMV-RS nº 04244, atende na Bicho Bacana às quartas, sextas e sábados na parte da tarde. Agende sua consulta.

01 abril, 2010

Cães e gatos ganharão passaporte e deverão ter microchip

Cães e gatos que acompanharem seus donos em viagens internacionais vão ganhar passaporte. É o que determina um decreto publicado na edição de terça-feira (30) do Diário Oficial da União. O documento poderá ser usado no lugar do certificado sanitário internacional e do atestado de saúde para trânsito de cães e gatos - caberá ao dono do animal decidir se prefere aderir ao passaporte ou não. A expedição do Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos ficará sob responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O decreto também prevê a implantação de microchips no animal, como forma de identificação eletrônica. O microchip já é obrigatório para a entrada de cães e gatos na União Europeia e no Japão. O Ministério da Agricultura informou que está elaborando uma instrução normativa para definir detalhes sobre o passaporte e a aplicação dos microchips

Animais que fumam


Muito se fala dos fumantes passivos, que são aqueles que inalam a fumaça do cigarro do fumante. É sabido que os efeitos são os mesmos para o fumante passivo e ativo.

Com os animais acontece o mesmo. Os proprietários fumantes acabam por transformar seus animais em fumantes passivos. Em alguns casos o animal fica tão condicionado ao cheiro do cigarro que procura por ele.

Com o passar do tempo eles começam a apresentar problemas respiratórios como tosse, rinite, traqueíte, asma, bronquite, etc. e problemas dermatológicos como coceiras, queda de pelo e feridas pelo corpo.
Alguns animais chegaram a apresentar manchas no pulmão, detectadas após raio X.

O tratamento é sintomático, mas o mais importante é parar de fumar perto deles, manter o ambiente o mais arejado possível e uma alimentação saudável.

Dra. Cynara Campanati
Vet Therapy - Veterinária - Acunputura, Fisioterapia, Quiroplaxia, Células Tronco e Florais de Bach para animais

30 março, 2010

TESTE DE TEMPERAMENTO DE FILHOTE DE CÃO

TESTE DE TEMPERAMENTO DE FILHOTE DE CÃO (VOLHARD )

Aplicar aos 49 dias de vida do filhote

Lembre-se: você quer que o filhote de cão cresça com bom temperamento e deseja conviver com ele por muitos anos. Conhecer o temperamento antes de comprá-lo é evitar uma futura decepção



Pré-requisitos: aplique o teste aos 49 dias de vida. É quando o cão está neurologicamente completo e com cérebro de adulto. A cada novo dia as reações estarão mais impregnadas pelo aprendizado anterior. Teste um filhote por vez, em boas condições. Ele deve estar ativo e com boa saúde. Não faça o teste logo depois de ele comer, nem no dia da vacinação e nem no dia seguinte. Aplique o teste na seqüência da tabela abaixo, em local tranqüilo e desconhecido do cão (basta um cômodo ou área com piso não escorregadio, de 4 m2). Além do examinador, que pode ser você ou outra pessoa estranha ao filhote, deve estar presente também o anotador da pontuação, que não pode interferir na atuação do cão. Antes de marcar os pontos, o anotador confirma a avaliação dele com o examinador.

Aplicação: procure não intimidar o filhote. Evite inclinar-se sobre ele, gesticular ou avançar as mãos bruscamente. Fale com suavidade. Ao bater palmas, seja delicado. Se o cão não reagir a você ou demonstrar extremo estresse, afastando a cara e ficando rígido, pode estar estranhando a sua presença. Nesse caso, tente se entrosar com o filhote e reiniciar o teste algum tempo depois.

Avaliação: vale a primeira reação do filhote.

OS TESTES
1 - Chamar  (Atração por pessoas)

Indica: sociabilidade, treinabilidade.

Como fazer: o criador traz o filhote e sai. Fique a cerca de 1,20 metro do cão, agachado. Bata palmas e, falando de forma afetuosa, estimule-o a vir.

Pontuação: o cão vem logo, animado, e: a) salta e morde a mão do examinador = 1 ponto; b) bate com a pata no examinador, lambe a mão = 2; c) não encosta no examinador = 3. O cão: a) vem logo, sem mostrar ânimo = 4; b) vem hesitante = 5; c) não vem = 6 (visando aos próximos testes, deixe o cão cheirar sua mão, acaricie-o e converse com ele de forma encorajadora para despertar-lhe a confiança).
 
2 - Acompanhar (Seguir a liderança humana)

Indica: independência, interação com humanos, treinabilidade.

Como fazer: aplique após o teste anterior sem interrupção. Levante e se afaste devagar. Fale com o cão, bata palmas e chame-o. Só depois marque os pontos de ambos os testes. Enquanto isso, procure interagir com o filhote.

Pontuação: o cão segue logo, animado, e: a) coloca-se entre os pés do examinador e o morde, atrapalhando a caminhada = 1 ponto; b) coloca-se entre os pés do examinador = 2; c) não se coloca entre os pés do examinador nem encosta nele = 3. O cão: a) segue logo, mostrando submissão = 4; b) segue hesitante = 5; c) não segue ou se afasta = 6.
 
3 - Restrição (Facilidade de controle sob domínio físico)

Indica: submissão, treinabilidade.

Como fazer: agachado, vire com muita delicadeza o filhote de costas e segure-o com uma mão no peito, sem muita pressão, por até 30 segundos, olhando-o com expressão gentil e tentando estabelecer contato visual, porém sem falar. Observe a reação.

Pontuação: a) o cão se debate muito e morde = 1 ponto; b) debate-se muito = 2; c) debate-se e aceita, sem evitar contato visual com o examinador = 3; d) debate-se pouco e aceita = 4; e) não se debate = 5; f) não se debate e se esforça para evitar contato visual = 6.

4 - Acariciar (Facilidade de controle pelo carinho)

Indica: independência, dominância, aceitação de proximidade de pessoas, treinabilidade.

Como fazer: aplique em seguida ao teste anterior, marque os pontos de ambos depois. Deixe o filhote ficar em pé ou sentar, agache-se ao lado dele e acaricie-o da cabeça à cauda com uma mão. Observe a reação.

Pontuação: a) pula, bate com as patas, morde, rosna = 1 ponto; b) pula, bate com as patas = 2; c) receptivo, roça no examinador e tenta lamber seu rosto = 3; d) muito receptivo, lambe a mão do examinador = 4; e) rola no chão e lambe a mão = 5; f) afasta-se = 6.

5 - Elevação (Facilidade de controle em situação de risco)

Indica: dominância, medo.

Como fazer: mantendo a posição agachada, pegue o filhote com as mãos sob o peito e levante-o cerca de 30 cm, por até 30 segundos.

Pontuação: o cão se debate e: a) morde = 1 ponto; b) não morde = 2; c) aceita, debate-se, aceita, seguidamente = 3. O cão não se debate e fica: a) relaxado = 4; b) tenso = 5; c) paralisado = 6.

6 - Buscar (Vontade de fazer algo pelo dono)

Indica: treinabilidade, interação com humanos, obediência.

Como fazer: ainda agachado, acene com um papel amassado (bolinha) e lance-o cerca de um metro à frente do cão, em local visível, encorajando-o a buscar.
Pontuação: a) o cão pega o papel e se afasta = 1 ponto; b) pega, não traz e não se afasta = 2; c) pega e traz = 3; d) vai até o papel e volta sem ele = 4; e) começa a ir ao papel mas perde o interesse = 5; f) não vai ao papel = 6.

7 - Pressão na pata (Resistência à dor)

Indica: sensibilidade à dor.

Como fazer: continue agachado e aperte de leve, com o polegar e o indicador, os dedos de uma pata dianteira do cão. Aumente aos poucos a pressão e conte mentalmente de um até dez ou pare antes se o cão reagir. Se ele não deixar tocar a pata, pressione a orelha.

Pontuação: total contado a) de 8 a 10 = 1 ponto; b) 6 a 8 = 2 pontos; c) 5 ou 6 = 3 pontos; d) 3 a 5 = 4 pontos, e) 2 a 3 = 5 pontos; f) 1 ou 2 = 6 pontos.

8 - Barulho forte (Reação a sons)

Indica: sensibilidade a ruído, medo.

Como fazer: coloque o filhote no centro da área e fique ao lado dele. O observador, de frente para o filhote e não muito próximo, bate forte uma colher numa panela, ambas de metal, uma única vez.

Pontuação: o cão localiza o som e: a) vai excitado até a origem = 1 ponto; b) vai até a origem, sem excitação = 2; c) não vai, mas mostra curiosidade = 3; d) não vai e não mostra curiosidade = 4; e) encolhe-se, afasta-se e esconde-se = 5. O cão ignora o som = 6.

9 - Perseguir (Reação a algo que se move)

Indica: potencial para perseguir pessoas, animais e objetos em movimento, bem como sensibilidade visual.

Como fazer: ponha o filhote no centro da área. Amarre uma toalhinha na ponta de uma guia e, ficando ao lado dele, lance-a rente ao chão. Puxe-a de volta aos poucos em três vezes e observe a reação que prevalece.

Pontuação:  a) o cão ataca e morde = 1 ponto; b) pega a toalha sem atacar = 2; c) investiga com interesse = 3; d) olha curioso mas não investiga = 4; e) foge ou se esconde = 5. f) ignora = 6.

10 - Pegar de surpresa (Reação a situação inesperada)

Indica: estabilidade, equilíbrio.

Como fazer: a um metro e meio do cão, abra um guarda-chuva e coloque-o no chão para ele investigar.

Pontuação: a) avança e morde = 1 ponto; b) aproxima-se e abocanha sem morder = 2; c) aproxima-se, investiga e não abocanha = 3; d) fica parado e olha = 4; e) afasta-se e esconde-se = 5; f) ignora = 6.
 
O que significa a pontuação
 
Em geral, o cão obterá pontuações diferentes no decorrer do teste, com variação pequena e prevalecendo uma delas. Se a variação for grande e o cão não tiver problema de saúde, é possível que ele seja muito instável. Veja o que a prevalência de cada pontuação indica:
 
Prevalece 1 ponto: cão muito dominante, de difícil controle. Com forte desejo de liderança, não hesitará em lutar por ela, agredir e morder pessoas e outros cães. Só deve ir a um lar muito experiente, e receber treino rotineiro. Não deve conviver com crianças, idosos e outros animais.

Prevalecem 2 pontos: cão dominante, aspira a liderança. De eventual difícil controle, pode morder. Autoconfiante demais e com excesso de energia para crianças, idosos e outros animais. Requer exercício e treino, além de horários rígidos. Donos experientes podem obter ótimo convívio com ele.

Prevalecem 3 pontos: convive bem com pessoas e outros animais. Pode ter muita energia e precisar de muito exercício. Boa opção para um dono que já teve outro cão. Precisa de treino e aprende depressa.

Prevalecem 4 pontos: é o tipo de cão adequado para companhia e a melhor opção para donos de primeira viagem. Não é o guarda ideal por ser submisso demais. Raramente se esforçará para obter uma "promoção" na família. Fácil de treinar e bastante tranqüilo.
Bom para idosos e crianças pequenas, das quais pode até precisar ser protegido.

Prevalecem 5 pontos: muito submisso, medroso e tímido, requer manejo cuidadoso. Tende a se assustar com pessoas, lugares e barulhos estranhos. Até um piso diferente pode incomodá-lo. Quando recebe carinho, na chegada do dono, pode urinar em sinal de submissão. Se encurralado, tenta fugir. não conseguindo, pode morder. Precisa de um lar especial, sem crianças e onde o ambiente não mude muito. Melhor para um casal tranqüilo.

Prevalecem 6 pontos: tão independente que não se apega ao dono. Apesar de pessoas o utilizarem como guarda, não é recomendado pois costuma provocar acidentes.

Pontuação muito irregular: indica temperamento instável, não recomendável em um cão para uma família.
 
Outras interpretações
 
O teste Restrição é um dos mais cruciais: indica como o cão reage à liderança humana.

Para crianças: o filhote com prevalência da pontuação 4, e, a seguir, da pontuação 3, será bom com as crianças e se dará bem nos treinos. O filhote que fica relaxado e não se debate durante o teste Elevação será fácil de lidar quando adulto.

Treinabilidade: os mais facilmente treináveis são os com prevalência de pontuação 4 ou 3 ou de ambas, mesmo que tenham baixa sensibilidade ao toque, que pode ser compensada com equipamento adequado de treino. No teste Buscar, o filhote que volta com ou sem o papel está propenso a trabalhar para as pessoas. Pode ter ótimo desempenho em provas de obediência e ser, por exemplo, apto aos treinamentos mais sofisticados, como o de cão para guia de cegos.

Para experts: o cão com pontos repetidos 1 ou 2 precisa de muita liderança e experiência para ser controlado. É o dominante. Especialmente se obteve 1 ponto nos testes Restrição e Elevação.

Guarda: conforme a prevalência de pontuação nos dez testes, o cão demonstrará potencial para um determinado tipo de guarda. Os cincos primeiros testes são os mais importantes, pois avaliam graus de dominância, porém os demais também devem ser levados em conta.

a) casa com adultos inexperientes: prevalência de 4 pontos;

b) casa com adultos experientes e com tempo disponível para dedicar ao cão: prevalência de 3 e 2 pontos;

c) guarda restrita ao uso profissional: prevalência de 2 e 1 pontos. Leigos que ficam com esses cães estão muito sujeitos a provocar acidentes.

Casos especiais: a pontuação 5 no teste Barulho Forte está bastante relacionada a timidez e medo — o melhor para esse cão é um lar calmo e silencioso. Não reagir de forma alguma ao som pode indicar surdez.
Um filhote com muitos 6 e 1, além de independente (ver Prevalecem 6 pontos), pode ser mordedor e, se tiver pontuações 5, pode ter pânico de pessoas.
Pontuação 5 nos testes Pressão na Pata e Barulho Forte indicam um cão que pode se apavorar facilmente e morder por medo em situações estressantes.


O CÃO NEM SEMPRE É O ESPELHO DO DONO

O temperamento herdado determina traços fundamentais do comportamento de um cão. Saiba como detectá-los no filhote, antes da compra  

"A posse responsável de cães não basta para evitar a agressividade excessiva e os desequilíbrios comportamentais", adverte o leitor de Cães & Cia, Luciano Jamas dos Santos, major, oficial veterinário e chefe do setor de cinotecnia da Polícia Militar do Rio de Janeiro, em carta publicada pela revista. "É preciso também valorizar a criação responsável."

O conceito de criação responsável refere-se à produção de cães que possibilitem aos donos realizar a parte deles, a posse responsável, visando evitar danos à comunidade. A criação é fundamental no momento de decidir quais cães acasalarão, buscando privilegiar não só as formas mas também o equilíbrio do temperamento. Quem cria pode ainda desempenhar um papel importante vendendo o cão certo para o dono certo. "Os criadores deveriam medir a dominância dos filhotes e vendê-los conforme o temperamento inato e o lar onde irão viver", diz Luciano. "Os mais submissos seriam para o convívio com crianças, os dominantes para quem quer um cão de guarda, sendo o dono orientado no sentido de socializar e treinar para proteção. Os extremamente dominantes com forte agressividade — só seriam vendidos mediante a assinatura de um termo de responsabilidade."
Quem tiver a sorte de encontrar um vendedor preocupado em avaliar e indicar o filhote adequado ao perfil do comprador, saberá que está lidando com um criador responsável. "Já me recusei a vender um filhote muito dominante para uma pessoa sem experiência para educá-lo", conta Daniela Prado, do Canil Mendara Rottweilers, que orienta os compradores a escolher um filhote com base no temperamento. "Fui até chamado de louco por não vender filhotes para pessoas despreparadas para lidar com os cães que haviam escolhido", lembra o criador de Golden Retriever, Marcos Nishikawa, do Golden Trip's Kennel. "Estudo o perfil do comprador e sugiro o filhote mais adequado", revela.

O futuro dono deve conhecer o temperamento de um filhote antes de adquiri-lo, mesmo que o criador não tome a iniciativa. Nem todo filhote chega ao mundo com o temperamento considerado ideal para a raça dele, e nem todos nascem "bonzinhos". Alexandre Rossi, zootecnista e adestrador, explica que o temperamento inato molda todas as reações do cão durante a vida. "Se um cachorro apresentar aversão a estranhos e situações novas até a oitava semana, dificilmente terá uma reação calma e amistosa em relação a desconhecidos, mesmo não atacando por ter sido treinado", avisa. Para o norte-americano Daryl Cooper, adestrador e especialista em comportamento animal há mais de trinta anos, o temperamento inato do cão é como a planta de um edifício. "Cabe ao homem agir como o empreiteiro e trabalhar sobre essa planta usando seus conhecimentos e as melhores ferramentas de que puder dispor."

São comuns os casos de donos que se decepcionam ao ver aquele filhotinho tão sapeca se transformar em um adulto agressivo e desobediente. "Cão que não é o que se esperava dele acaba negligenciado pelo dono, gerando uma situação infeliz para ambos", lamenta a treinadora e comportamentalista Cláudia Pizzolatto. Casos extremos, como o sacrifício do cão por excesso de agressividade, também são conhecidos. Tanto Cláudia quanto Alexandre Rossi já se viram obrigados a sugerir esse recurso. "A maioria dessas decepções seria evitada se os filhotes mais dominantes fossem vendidos a donos mais experientes", comenta o veterinário especializado em comportamento animal, Mauro Lantzman.

Pode-se identificar o temperamento de um filhote por meio de testes. Entre eles, destaca-se o dos adestradores, estudiosos do comportamento canino e autores de livros sobre o assunto, Jack e Wendy Volhard. Conhecido por Teste de Volhard, é considerado um dos mais abrangentes. Baseia-se em outros testes com histórico de bons resultados, como o de Campbell e o utilizado por Pfaffenberger, que, testando filhotes, aumentou de 9% para 90% o aproveitamento de cães para guia de cegos.

"Milhares de criadores já adotaram o Teste de Volhard, com alto índice de acerto na previsão do comportamento adulto", afirma Wendy Volhard. "Eu mesma testei mais de 500 ninhadas e aconselhei donos e criadores sobre o que era mais indicado para cada filhote. " Wendy lembra que a idade ideal para o teste é 49 dias de vida do filhote (ver Pré-requisitos em Teste de Volhard). Para Cláudia Pizzolatto, se a data ideal for perdida, é admissível a aplicação com alguns dias de atraso, nunca passando de 60 dias.

Cláudia utiliza e recomenda o teste. "Dos filhotes testados, pude acompanhar pelo menos doze até se tornarem adultos e seu comportamento confirmou as previsões", afirma. "Uma vantagem é evitar que o comprador leve para casa um cão agressivo ou medroso demais", acrescenta Alexandre Rossi, que alerta: "Erros de avaliação podem acontecer por parte do examinador ou devido a fatores que alterem as reações do filhote."

O teste de temperamento é muito usado por profissionais envolvidos com o treino de cães para a guarda. A meta é selecionar os mais aptos (ver Teste de Volhard, Outras Interpretações). A Polícia Militar do Rio de Janeiro aplica, desde 1995, testes desse tipo. "Por meio de seleção genética e testes nos filhotes, queremos formar um plantel adequado para o serviço policial", informa o major Luciano. O mesmo acontece na Polícia Federal com relação a cães de guarda e farejadores. "Instintos como defesa e caça não se ensinam ao cachorro, pois já nascem com eles em maior ou menor grau", destaca o chefe do Canil Central da PF, Antônio José de Miranda Magalhães. "Um cão que não demonstra vontade nesses testes poderá até ser um bom cão para o trabalho, mas não o ideal."

O comprador, para aumentar a chance de adquirir um filhote equilibrado, deve se certificar do bom temperamento dos pais. "Não compre o filhote se, na presença do dono, um dos pais não puder ser solto entre estranhos", recomenda Daniela Prado. "Se o casal teve filhotes em outras crias, procure conhecer dois ou três deles", acrescenta Alexandre Rossi.

Do ponto de vista comercial, um cão colocado em um lar adequado se transforma em uma ótima forma de divulgação, pois se tornará um animal simpático, do qual todos gostam e perguntam onde foi comprado. Para Marcos Nishikawa, priorizar o temperamento só tem trazido benefícios. "O número de pedidos é maior que o número de cães que tenho para entregar."
 

SATISFAÇÃO GARANTIDA PELO TESTE



Bono e Andrea têm muitas afinidades. O criador Marcos Nishikawa analisou o estilo de vida de Andrea e demonstrou por que Bono seria melhor para ela do que Edmundo

 
"Decidi comprar um Golden Retriever, pois achava que se encaixaria bem no meu estilo de vida.
Eu pensava que, escolhida a raça, era só encontrar um bom canil e levar o filhote que mais me agradasse. Mas, por sorte, fui orientada pelo criador sobre as diferenças entre cães da mesma raça e sobre o quanto uma escolha emocional poderia me causar transtornos no futuro.
Na hora da compra, fui mais avaliada do que o filhote. O criador quis saber se eu morava em casa ou apartamento, se viajava muito, quanto tempo ficava fora e o que eu esperava do cão. Respondidas as perguntas, ele sugeriu fazer um teste para identificar um filhote adequado para mim. Selecionei um que tinha baixo nível de dominância e alta probabilidade de ser obediente quando adulto. Para comparar, o criador fez o teste em outro filhote, apelidado de Edmundo, e a reação foi oposta à do primeiro, ficando claro que ele seria difícil de lidar. Levei meu escolhido para casa dias depois.

Meu Golden, Bono, hoje tem 8 meses e estou muito satisfeita. Ele é muito obediente e companheiro, posso dizer que é tudo que eu esperava". Andrea Wanderley Capelo, Administradora de Empresas, São Paulo.

UM DRAMA NA FAMÍLIA

Maria Cristina desconhecia ser possível identificar o temperamento herdado por Axel e descobriu tarde demais que ele era uma ameaça para a família dela

"Queria muito ter um cão adequado à nossa família, com três crianças, acostumada a receber visitas. Para realizar esse sonho, mudamos de um apartamento para uma casa.
Procurei um conceituado criador de Pastor Alemão. Ele me vendeu Axel, um filhote de 45 dias. Era lindo como o pai, que vimos em fotos.
Axel se revelou muito nervoso. Mordia nossas canelas e perdia facilmente o controle. Devia ter algum problema de temperamento, alertou meu irmão psicanalista. Apesar do nosso carinho, Axel se tornou mais e mais agressivo. Conseguimos algum progresso com a ajuda de um adestrador, mas Axel continuou extremamente instável e fomos avisados para termos cuidado.
Em conversas descobri que o pai de Axel tinha fama de agressivo. Ouvi que ele e uma de suas filhas eram desequilibrados.

Não nos sentíamos mais seguros em receber visitas. Axel mudava de atitude de uma hora para outra e, rosnando, tentava agredi-las. 
Assim que meu filho Arthur, que Axel adotara como dono, viajou, Axel tentou se impor mais em casa. Quando Arthur voltou, Axel deixou de aceitá-lo, rosnando sempre que ele se aproximava. Um dia, Axel entrou na cozinha e Arthur o repreendeu. Axel tentou atacá-lo, parecendo querer matá-lo. O ataque não se consumou porque Arthur se colocou atrás de uma mesa e a empregada, com um banquinho, evitou o pior.

Eu não conseguia mais trabalhar. Axel poderia causar uma tragédia com meus filhos. Fomos orientados a não doá-lo, pelo perigo de seu temperamento. A única alternativa era sacrificar Axel.
Foi um trauma muito grande. Afinal, depois de quase três anos de convivência, Axel era como um membro da família.
Continuamos gostando de cães. Mas agora temos receio de escolher mal e viver outro drama". Maria Cristina Abrami, professora de Educação Física, São Paulo
PARA SABER MAIS
Livro: The Complete Idiot's Guide To A Well-Trained Dog, de Jack e Wendy Volhard, Editora Alpha Books, www.amazon.com
Agradecemos aos entrevistados, em especial a Cláudia Pizzolatto e Alexandre Rossi, e aos não citados no texto: Adriana Penteado, Eneida M. Barbieri de Souza (criadora de Rottweiler) e Orisval Martins de Lara (diretor da Apro e juiz de adestramento da CBKC). Reportagem: Sergio Fiore (Coordenação: Marcos Pennacchi). Texto: Sergio Fiore e Marcos Pennacchi. Revisão técnica (secretariada por Fábio Bense): Completa — Cláudia Pizzolatto, Luciano Jamas dos Santos. Parcial — Alexandre Rossi, Wendy Volhard, Daryl Cooper, Mauro Lantzman, Luciana Monteiro de Barros (Daniela Prado), Eder de Silvio, Maria Cristina Abrami, Andréa Capelo e Antônio José de Miranda Magalhães.

Fonte: Revista Cães & Cia
2010 Bicho Bacana - Todos os direitos reservados.