07 março, 2010

Consumo animal aumenta

Consumo animal aumenta.
Já não é novidade que a classe C anda gastando mais. Com crédito e aumento na renda, comprar ficou mais fácil. Mas não é só geladeira e DVD. Tem mais na lista de compras cardápio dessa nova classe média.

É uma alegria para quem é de estimação – os cachorros e os gatos estão gostando. Para muitos desses animais acabou a época de comer sobras de comida. No cardápio, o prato principal é a ração. Além disso, tem muito vira-lata que já virou freqüentador assíduo dos salões de beleza caninos.

Na Favela de Paraisópolis, os meninos empinam pipas de cima das lajes. Os vira-latas passam independentes pelas ruas. Já os poodles passam no colo. Assim como seus donos, os cães também subiram de classe social. Eram da classe D e agora são da classe C. Isso significa mais ração, mais xampu e mais perfume na vida de um cão e de um gato.

“É muito bom, porque o pessoal é muito amigo e muito carinhoso com os animais”, comenta a empregada doméstica Maria Carrasco.

Segundo a indústria dos fabricantes de alimentos para animais domésticos, pelo menos 900 mil animais, entre cães e gatos, estão incluídos nessa ascensão social. As vendas das rações mais populares aumentaram em 20%. Em 2007, 47% dos animais domésticos foram alimentados com ração. Em 1994, esse índice não chegava a 20%.

“Tenho oito cães e todos só comem ração”, afirma a comerciante Simony Justina.

Além da Mel, Simony tem para alimentar o Júnior, que caminha feliz ao lado dela; o Tigrão, que costuma beber água na sarjeta; e o Batman, que gosta de ração, mas muito mais de salsicha. Ainda bem que o pai da Simony tem uma mercearia e vende ração “pra cachorro”.

“O pessoal só tinha vira-lata e alimentava com resto de comida. Agora, não. Tem cachorro até com pedigree. Daí compra ração melhor, procura aquela marca que o cachorro ou o gato gosta”, diz o dono de mercearia, Osmar Alves.

A favela, que um ano atrás não tinha nenhum pet shop, agora tem dois. Banho, tosa e leva-e-traz sai a R$ 28. Um corte simples custa R$ 5.

“Tem muito movimento, principalmente aos sábados. O sábado aqui é uma loucura”, comenta a funcionária do pet shop Linda Machado.

A ração hoje faz parte da cesta básica de muita gente. Os cachorros que moram em Paraisópolis encontraram na favela uma vida cheia de qualidades. Linda Machado é empregada doméstica. No fim da tarde, ela ajuda no pet shop dos filhos.

“A minha paixão pelos bichos é grande. A nossa família botou para frente. É um negocio bom, mas a gente também abraça a causa”, diz a funcionária do pet shop, Linda Machado.

O segmento de rações populares tem hoje uma fatia de 65% do mercado. A saúde dos cães e gatos das classes C e D também está melhorando. Com a melhora da renda, eles estão sendo vacinados com mais freqüência.

Fonte: G1

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