31 janeiro, 2010

Higiene e Saúde do seu Gato

A Pelagem



A Pelagem de um gato em boas condições de saúde é lisa e brilhante. A maioria dos gatos se limpa com assiduidade. Na maioria das vezes, uma deterioração do estado da pelagem é um sinal de doença.



Recomenda-se, portanto, uma escovação regular, sobretudo em gatos de pelos longos. De fato, os pelos têm a tendência de embaraçar para formar nós e tufos, que poderão ser eliminados através da tosa. A ingestão excessiva de pelos contribui para a formação de bolas de pelos no estômago, o que pode provocar vômitos.

  

A alimentação tem uma influência muito grande sobre a beleza do pelo. Completa e equilibrada, ela tornará a pelagem de seu gato ainda mais lisa e brilhante.

Alguns gatos não se limpam tão bem. Eles adoram rolar na lama e tomam pouco cuidado com sua pelagem. Nestes gatos, além de uma escovação regular, será necessário planejar banhos, habituando-os progressivamente ao contato com a água. Utilizar nos banhos somente produtos específicos para gatos.



Os olhos


As lágrimas que umedecem os olhos são normalmente drenadas por um pequeno canal entre os olhos e o focinho: o canal lacrimal.


Nas raças de face achatada (como o persa), a drenagem é ruim e as lágrimas tendem a escoar sobre a parte saliente do focinho, formando um escoamento marrom, que pode ser limpo com um algodão seco. Um escoamento excessivo de lágrimas, com o interior das pálpebras (conjuntiva) bem vermelha e uma dificuldade de manter os olhos abertos indicam uma afecção dos olhos (gripe, doença viral, entre outras).


As orelhas


Você pode limpá-las com um algodão seco para mantê-las sempre limpas.
Evite introduzir cotonetes ou outros objetos dentro do conduto auditivo, que podem empurrar fragmentos para o fundo.

Parasitas podem se desenvolver no interior do conduto auditivo. Em caso de secreção excessiva, de pus, ou se o animal coça demais as orelhas, consulte um veterinário.



Os dentes


O tártaro tende a se acumular sobre os dentes do gato. Com o tempo, provoca inflamação das gengivas, produz um mau-hálito e pode mesmo levar à perda dos dentes. Seu veterinário pode remover o tártaro dos dentes de seu gato sob anestesia geral.


O cuidado com os dentes é essencial para preservar a boa saúde de seu gato.


As garras


Quando elas se tornam muito longas, é necessário corta-las. Consulte seu veterinário sobre como proceder.


Oferecendo um arranhador a seu gato, você permite que ele mesmo cuide de suas garras e evita que ele as utilize sobre sua mobília.


Prevenção é saúde


Aproveite a ocasião de vacinação anual para solicitar ao veterinário um exame completo de seu gato. Não deixe de consulta-lo, pois dessa forma você evitará doenças que no início podem ser simples e com tratamento a curto prazo.


Você Sabia?

O gato ronrona!

O gato ronrona desde a primeira semana de vida, mamando em sua mãe. Mais tarde, o ronronar aparece quando o acariciamos, quando lhe oferecemos um alimento de que ele gosta ou em presença de alguém que ele gosta. Acreditamos que este seja um sinal de comportamento, mas será que é também um sinal de submissão?


Os sintomas e as doenças


Um gato saudável tem um pelo liso e brilhante, uma pelagem macia e elástica, e cuida bem de sua pelagem. Seus olhos são brilhantes e as narinas úmidas. Não há lacrimejamento e suas orelhas são limpas. A temperatura retal é de cerca de 38,5°C. O gato é, por natureza, um animal solitário. Quando este animal, demonstrar sinais de fraqueza ou doença pode ser fatal. Os gatos domésticos mantém este hábito e não mostram sinais evidentes de doenças, a não ser em estágios muito avançados.


Portanto, qualquer comportamento anormal de seu companheiro é um sinal que deve examina-lo de perto e, em caso de dúvida, consultar seu veterinário.



Alguns sintomas comuns


Eis aqui alguns sintomas frequentemente encontrados no gato. Se eles persistirem ou seu gato está abatido, consulte seu veterinário. Evite dar ao seu gato medicamentos que são prescritos para você ou seus filhos. Eles podem ser muito tóxicos para ele (anti-inflamatórios, antibióticos).



Algumas doenças importantes


A síndrome urológica felina (os cálculos urinários).

A síndrome urológica felina nada mais é do que a cistite do gato. Como nos homens, esta cistite se manifesta nos gatos através de necessidades frequentes e urgentes de urinar acompanhados de dor aguda. O gato urina mais do que o habitual, apresenta sinais de dor ao urinar, podendo até mesmo emitir gritos. Às vezes há sangue na urina.


Em casos mais graves a uretra (o pequeno conduto que permite esvaziar a bexiga) pode se obstruir. O gato está então incapacitado de urinar, seus rins não podem mais funcionar corretamente e sua saúde se deteriora muito rapidamente. Caso seu gato apresente estes sinais, nós lhe recomendamos consultar urgentemente seu veterinário.

A causa mais frequente das cistites em gatos é o cálculo de estruvita. O risco de formação destes cálculos muito comuns em gatos adultos, pode ser diminuído com a utilização de alimentos acidificantes da urina. Eles não são recomendados para gatos idosos e filhotes.



Você sabia?



O Gato é independente

Por natureza, o gato é um animal solitário, que, por instinto, não tem necessidade de estar em grupo para seu bem-estar. Com o homem ocorre o mesmo, o gato considera o homem mais um companheiro do que um “proprietário”. Neste relacionamento, ele se reserva o direito de fugir e voltar quando bem quiser. Sua liberdade de ação lhe é indispensável. Entretanto, o homem pode “educar” seu gato, especialmente no que diz respeito a seus limites territoriais.
A urina dos filhotes já é naturalmente ácida. Por isso os alimentos destinados a filhotes e gatos com mais de 10 anos de idade devem ser especificamente adaptados.


Ao contrário de uma ideia bastante propagada, os alimentos secos corretamente formulados são tão eficazes na prevenção dos cálculos urinários quanto às conservas e enlatados. Portanto, você pode oferecer croquetes a seu companheiro tranquilamente. A partir da generalização dos regimes acidificantes, a freqüência da síndrome urológica felina tem diminuindo fortemente e os veterinários veem cada vez menos “gatos obstruídos”.

As doenças virais


O Tifo (Panleucopenia infecciosa)


Esta doença viral, muito contagiosa, provoca diarreia, vômitos, febre, e uma mortalidade muito alta, especialmente em filhotes. Um tratamento não terá chance de sucesso se não for estabelecido logo no inicio do desenvolvimento da doença. A vacinação é muito eficaz contra esta doença.



A coriza


Esta doença provoca corrimento ao nível de nariz e olhos, espirros, febres e lesões ulcerativas da boca. Quando não tratada a coriza se complica e pode levar a corrimentos purulentos nos olhos e no nariz e pneumonias. A coriza pode ser causada por diferentes vírus e bactérias. A vacinação permite minimizar os sinais clínicos e as complicações.



A raiva


A raiva é uma doença viral que causa perturbações no sistema nervoso (comportamento anormal, agressividade e incapacidade de engolir). Ela é incurável, fatal e transmissível ao homem. A vacinação é um meio eficaz de prevenir a raiva e é regida pela lei.



A Leucose felina


O vírus da leucose provoca tumores e doenças do sangue nos animais infectados. O período entre a infecção pelo vírus e o aparecimento dos sinais clínicos pode durar vários anos. Os gatos são infectados pelo contato com animais portadores do vírus, que não obrigatoriamente exprimem a doença. A análise de uma gota de sangue permite ao veterinário determinar se o gato é portador do vírus.


Não é recomendável deixar animais sãos e portadores juntos. Existe uma vacina disponível, consulte seu veterinário.


A AIDS do gato, ou F.I.V (Feline immunodeficiency vírus).


Um vírus provoca nos gatos uma síndrome de imunodeficiência muito comparável àquela encontrada nos homens. Este vírus não é transmissível aos homens. Os gatos são infectados quando mordidos por um animal portador do vírus.


A incubação é longa, mas seu veterinário pode identificar os gatos soropositivos. Até hoje não há nenhuma vacina nem tratamento disponíveis.


A peritonite infecciosa felina ou P.I.F.


É uma doença viral que afeta sobretudo os gatos em gatis, ou agrupamentos em grande número; portanto é difícil estabelecer o diagnóstico no estágio inicial da doença.


Ainda não existe tratamento, somente boas práticas em gatis que permitem diminuir o risco da contaminação entre os gatos. Consulte seu veterinário.

As doenças parasitárias


Os parasitas internos


Os gatos podem ser contaminados por um certo número de vermes. Durante a consulta de vacinação pergunte a seu veterinário sobre os vermífugos e os esquemas de vermifugação.



As pulgas


Ao sair de casa o gato tem grandes chances de contrair pulgas. Prevenir e tratar os problemas de pulgas implicam não somente no tratamento do animal, mas também do ambiente em que ele vive.

A ingestão de pulgas pelo gato pode provocar uma infecção por tênia (ver parasita transportado por pulgas). Consulte seu veterinário.

As doenças transmissíveis ao homem


A toxoplasmose


Este pequeno parasita traz poucas consequências para a saúde dos gatos mas pode ter consequências graves para mulheres grávidas.


Por prudência é recomendável, entre outras coisas, evitar o contato com filhotes e liteiras.


A Tinha


Infecção causada por fungos microscópicos. Nos homens eles causam na pele uma lesão circular com borda vermelha, muito pruriginosa: o anel de Santa Catarina.



A doença da unha do gato


Infecção bacteriana que se propaga lentamente (semanas) em consequência a uma gripe. A maioria dos casos se curam espontaneamente.



As vacinas


O tifo, a coriza, a leucose e a raiva podem ser evitados ou terem seus sinais clínicos muito atenuados pela vacinação. O veterinário irá recomendar o esquema de vacinação mais apropriado para seu gato. Em geral a primeira vacinação é feita a partir da idade de 8 semanas com um reforço na 12ª semana. Todas as vacinas podem ser feitas ao mesmo= tempo, mas por razões legais, a primeira vacina contra a raiva deve ser feita após três meses de idade.


Recomenda-se um reforço anual e não se deve colocar os filhotes em contato com animais estranhos antes do reforço de 12 semanas para evitar qualquer risco de contaminação antes que a vacina assegure a proteção.

Conselhos práticos


Algumas precauções


Por serem muito curiosos em relação ao meio ambiente e às novidades, os gatos podem ser vitimas de seu espírito aventureiro.



Você sabia?



Alergia por pelo de gatos


Na realidade, trata-se de uma alergia à saliva que o gato deposita sobre seu pelo durante a toalete. A proteína responsável por esta alergia provoca reações sintomáticas nas pessoas sensíveis: lacrimejamento, congestão facial e coriza. Hoje existem tratamentos que aliviam estes sintomas.


Em casa


Não deixe alfinetes, elásticos, fios, percevejos ou barbantes ao alcance do gato: a ingestão destes objetos pode sufoca-lo, ou ainda pior, perfurar o estômago ou o intestino.


Fechar a tampa de sua lavadora, da lata de lixo e de sua caixa de costura.

Se seu gato não responder ao chamado, procure-o dentro do armário: você poderá encontra-lo confortavelmente instalado sobre sua blusa de lã.

Mantenha desinfetantes e produtos de limpeza fora de seu alcance.

Certas plantas ornamentais podem provocar problemas para seu gato: evitar o agárico, a mimosa, a borracha, o filodendro, o ourum, o açafrão, a macieira do amor, o louro rosa e a comigo-ninguém-pode.

Na sacada, mantenha os olhos sobre ele: ele poderia muito bem considerar a fantasia de perseguir um pardal e de ultrapassar sobretudo a borda!

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